Já explicamos em outro blogpost o que é PcD, que é a sigla para Pessoa com Deficiência. Porém, explicar o significado de uma sigla é mais fácil do que o conceito do que é ser uma Pessoa com Deficiência em uma sociedade que cultua o perfeccionismo, e tende a isolar aquilo ou aqueles que são diferentes.
Ser PcD em uma sociedade que não está habituada a enxergar o que é diferente em suas especificidades e respeitar as diferenças, ou que por simples desconhecimento cria preconceitos, é muito mais complexo na prática. Por falta de conhecimento e informação, as Pessoas com Deficiência encontram em seu caminho discriminações. Muitas pessoas acreditam que a Pessoa com Deficiência não é capacitada para realizar as atividades que os demais executam. Em alguns casos, é preciso adaptar o ambiente ou o ferramental para desenvolver o trabalho, mas a falta de informação causa mais problemas do que os que realmente existem. Vamos continuar esse diálogo? Então, leia o artigo até o fim.
Dados sobre as deficiências no Brasil
Segundo o documento “Retratos da Deficiência no Brasil”, elaborado pela Fundação Banco do Brasil e a Fundação Getúlio Vargas, que traz informações do Censo 2000, os estados que apresentam as maiores taxas de pessoas com deficiência são:
- Paraíba (18,76%);
- Rio Grande do Norte (17,64%);
- Piauí (17,63%);
- Pernambuco (17,4%); e
- Ceará (17,34%).
Entre os estados que apresentam as menores taxas estão:
- São Paulo (11,35%);
- Roraima (12,5%);
- Amapá (13,28%);
- Distrito Federal (13,44%); e
- Paraná (13,57%).
Conquistas alcançadas
Em todo o Brasil, em torno de 14,5% da população é Pessoa com Deficiência, ou seja, cerca de 24,5 milhões de pessoas.
Diante do volume de pessoas com alguma deficiência, e em pleno século XXI, notamos o quanto a sociedade brasileira está atrasada em relação ao tratamento às Pessoas com Deficiência e o quanto desconhecem os direitos e garantias que lhes são asseguradas em lei.
Muitos indivíduos ainda têm dúvidas quanto às deficiências que garantem a inserção das Pessoas com Deficiência nas empresas por meio de cotas.
Não negamos que os avanços e as conquistas já foram grandes, pois há pouco tempo muitas PcDs chegaram à vida adulta e à terceira idade sem nunca terem ido à escola, não tiveram a oportunidade de viver em sociedade, ou simplesmente não frequentaram outros ambientes porque as próprias famílias sentiam-se envergonhadas com os olhares das pessoas e com as inconvenientes perguntas que eram feitas todas as vezes que uma pessoa com deficiência frequentava restaurantes, shoppings, cinemas etc.
Além desse inconveniente, existiam barreiras em toda a infraestrutura dos ambientes que dificultavam à Pessoa com Deficiência frequentar diversos lugares. Não havia piso tátil, tradutor de libras, lugar reservado para cadeirante em cinemas, ônibus, metrôs etc.
Conceito de Deficiência
O Censo do ano 2000 congregou uma variedade de tipos de deficiências e seus respectivos graus, com isso, buscou abranger um número maior de pessoas com alguma deficiência. São as seguintes:
- deficiência mental/intelectual;
- tetraplegia, paraplegia, ou hemiplegia;
- falta de um membro ou parte dele;
- alguma dificuldade de enxergar;
- alguma dificuldade de ouvir;
- dificuldade de caminhar;
- grande dificuldade de enxergar;
- grande dificuldade de ouvir;
- grande dificuldade de caminhar;
- incapacidade de ouvir;
- incapacidade de caminhar; e
- incapacidade de enxergar.
Com a inclusão da deficiência de alguma ou grande dificuldade de ouvir, enxergar e andar, constatou-se que a nova taxa oficial de Pessoas com Deficiência é 12 vezes maior do que os números obtidos em levantamentos anteriores ao Censo de 2000.
Na sua opinião o que mais incapacita a Pessoa com Deficiência de realizar várias atividades, se inserir no mercado de trabalho e de viver normalmente na sociedade, a falta de informação ou preconceito? Comente aqui!
Jessé Rodrigues
PCD+ | Inclusão com qualidade
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